sexta-feira, 22 de maio de 2009

Companheira de Jornada (Faltando 81 dias)


Quando decidi trilhar o Caminho de Santiago nunca imaginei que alguém tivesse a coragem de ir junto comigo. Na verdade, duvidava que algum conhecido tivesse interesse em usar as férias para caminhar 800 km com uma mochila nas costas, por isso nem considerei tal possibilidade.

Fiquei surpreso quando minha prima, a psicóloga Josélia Danusia Sura, manifestou sua vontade de me acompanhar nessa empreitada. A princípio achei que fosse só “fogo de palha” da parte dela, e só comecei a acreditar mesmo quando ela comprou a bota e fez o passaporte.

No início ela queria andar menos, e pretendia me encontrar no meio do caminho, na Cidade de Burgos. Depois de ler o livro “assim na terra como no céu”, sobre a peregrinação da Lady Foppa, cismou que queria começar em Saint Jean Pied do Port. Tudo porque a Lady descreveu a cidade como um “presépio”, veja só.

Josélia, ou simplesmente Nuza como a chamamos, é quase 15 anos mais velha que eu, mas nem parece. Por coincidência vamos começar a andar no dia do aniversário dela.

Embora não tenha preparo nem porte físico de atleta, está se empenhando bastante nos treinamentos. Achei que ela ia acabar desistindo, mas parece que cada vez que alguém duvidava, ela ganhava mais força para continuar.

Mesmo indo juntos, sei que cada um terá espaço para fazer o seu caminho e viver as suas experiências por lá. E vai ser ótimo ter alguém conhecido por perto para compartilhar tudo isso.

1 comentários:

Luciana disse...

Para se fazer o Caminho não é preciso ser ou ter porte de atleta. Porém, o treinamento adequado é necessário sim, isto é, caminhar!!! A princípio, caminhadas curtas e com o tempo e treinamento, caminhadas mais longas e, também, carregar a mochila para ir se acostumando com o peso nas costas.
Que bom que a Josélia está se preparando. Assim, a probabilidade de ter problemas é bem menor!
Embora o plano de vocês seja o de caminharem juntos, é bom chamar a atenção para o fato de que o caminho de cada um é individual e tem seu próprio rítmo. Portanto, se em algum ponto do caminho, algum de vocês decidirem que quer caminhar só (talvez por um trecho ou até o fim do caminho), não significará um provável "fim" da amizade, mas apenas um momento para introspecção! Luciana (novamente)